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O BRINCAR NO AMBIENTE ESCOLAR


Por Carlos Eduardo Sampaio Verdiani (Tio Bill)


A importância de uma educação mais abrangente e para todos faz com que, principalmente os professores, procurem novos caminhos e saídas para suprir as muitas carências e ultrapassar os muitos obstáculos encontrados em nossa realidade escolar. Obstáculos esses que os professores se veem necessitados em achar novas metodologias e técnicas para uma maior e mais efetiva aproximação dele para com seus alunos e também achar instrumentos viáveis e facilitadores para o ensino das mais diversas disciplinas.


O brincar dentro do ambiente escolar é um dos mais antigos trabalhos desse segmento que se tem documentado, assim como diversos estudos já mostraram que o brincar se faz necessário desde a primeira infância auxiliando pais e professores no desenvolvimento físico e mental das crianças, percorrendo a adolescência, vida adulta e melhor idade.


Dentro de principalmente dois momentos na rotina escolar, o professor pode utilizar-se do brincar para fins pedagógicos – já que estamos dentro da escola, esse é o principal objetivo – mas também pode utilizar-se do brincar somente pelo brincar, para descontração e lazer de alunos e familiares, são eles:


1) O brincar utilizado durante as aulas, dentro e fora da sala de aula, em todas as disciplinas, oferecendo sempre um objetivo pedagógico, ensinando algum conteúdo específico para aqueles que brincam. Nesse momento a utilização do brincar pode ser feita por qualquer um dos professores, mas principalmente os professores de sala de aula para usar o brincar como instrumento interdisciplinar.


2) Eventos realizados pela escola utilizam o brincar em maior escala, já que, além da participação dos alunos, também acontecerá à participação de pais e familiares em momentos de descontração e divertimento dentro do ambiente escolar. Alguns exemplos são as feiras, festas e finais de semana recreativos organizados pela escola para uma maior integração família-escola. Geralmente nessas ocasiões, o professor de Educação Física é mais solicitado, mas sem deixar de lado a participação de todos os outros professores.


Podemos utilizar de vários tipos de atividades dentro do ambiente escolar, tais como: brincadeiras de quadra, de sala de aula, grandes e pequenos jogos, rodas cantadas, danças circulares, atividades de socialização e confraternização, gincanas, contações de histórias, entre muitas outras. Deixo para você três exemplos de atividades possíveis de serem realizadas dentro do ambiente escolar para você, seus alunos e quem mais quiser brincar, se divertir e aprender! Vamos a elas:


SUGESTÃO DE ATIVIDADES

CORRIDA DO SABER Material: papel e lápis - O professor vai dividir sua turma em duas equipes. Cada equipe será colocada em coluna. Cada coluna, a certa distância terá quatro folhas de papel (dependendo do número de participantes) e um lápis. Nas folhas de papel estarão escritos, quatro perguntas cada (ou quantas o professor achar necessário). Essas folhas ficarão com as perguntas voltadas para baixo. Ao sinal do professor, o primeiro de cada equipe deverá correr em direção as folhas, que podem estar em cima de uma mesa ou mesmo no chão, virar uma delas e obrigatoriamente responder uma das perguntas contidas na folha que ele virou, não podendo trocar de folha, mesmo dando uma resposta errada para a pergunta escolhida. Quando o aluno perceber que respondeu a última pergunta daquela folha, ele deve deixa-la virada com as perguntas para cima para o que próximo, pegue outra folha. Respondido, o aluno volta para sua coluna, bate na mão do segundo, e este fará o mesmo e assim sucessivamente até que todas as perguntas das equipes tenham sido respondidas. O professor pode dar pontos para a equipe que terminar de responder primeiro, e para cada pergunta respondida de forma correta.


CONTO FEITO POR TODOS Material: papeis com palavras, lousa e giz – O professor deverá dispor os papeis com as palavras voltadas para baixo em sua mesa. A quantidade de papeis deverá ser tantas quantas forem o número de alunos. O professor começará escrevendo uma história na lousa, por exemplo: “Era uma vez um menino...”, feito isso chamará um aluno por vez para que escolha um papel de sua mesa, e fale a palavra sorteada, por exemplo, “foguete”. Com essa palavra o professor pedirá a esse aluno que continue a história podendo escrever na lousa ou o próprio professor escreverá o que o aluno falar: “Era uma vez um menino... que vivia viajando de foguete...” e assim sucessivamente até que todos os alunos tenham contribuído para essa história e o professor, ao final, vai ler como ficou para que todos acompanhem. Aconselho que a frase final também seja escrito pelo professor para fazer o fechamento da história.


VOLEIBOL DE PALAVRAS Material: lousa e giz – O professor vai desenhar uma quadra de vôlei na lousa de tamanho necessário para que caiba seis palavras em cada lado da quadra. Dividirá seus alunos em duas equipes e cada equipe deverá escolher seis palavras trissílabas (palavras que contenham três sílabas) que representarão seus jogadores. O professor irá escrever dentro da quadra de cada equipe das palavras escolhidas por elas. Após “nomear” seus jogadores, será feito um sorteio para ver a equipe que começa. Um aluno irá até a lousa e deverá escolher uma sílaba das suas palavras e outra das palavras da equipe adversária, formando assim uma palavra dissílaba, e está deverá ser escrita ao lado do seu campo. As sílabas usadas será riscadas ou apagadas. Vence a equipe que conseguir escrever o maior número de palavras dissílabas. Uma regra importante é que a primeira sílaba usada sempre deverá ser do seu time, e a segunda do time adversário.


SOBRE O AUTOR

Possui experiência em Recreação e Lazer desde 1995. É graduado em “Educação Física” e “Pedagogia”, pós-graduado Latu Sensu em “Educação Física Escolar” e “Fisiologia do Exercício”. É licenciado pela ANDE-BRASIL e CORE 360º. É vencedor do Prêmio “TOP FIEP” pela Federation Internationale D’Education Physique (Federação Internacional de Educação Física) e do Prêmio de “MELHOR PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ANO” na categoria “RECREAÇÃO EM ATIVIDADE FÍSICA” pelo Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo (CREF4). É proprietário da “Tio Bill Recreação – Capacitação e Consultoria em Recreação e Lazer”. É ex-Preparador Físico da Seleção Brasileira de Karatê, professor PEBII – Educação Física na rede municipal de ensino de Jahu/SP. Co-criador do projeto de cursos “Criando e Recreando”. Foi coordenador do Acampamento Bela Vista durante 19 anos. É docente em vários cursos de pós-graduação Latu Sensu nas disciplinas de “Recreação e Lazer”, “Recreação e Jogos Escolares”, “Educação Física Escolar” e “Atividade Física, Treinamento Personalizado e Qualidade de Vida para grupos especiais”. E possui mais de 400 cursos e capacitações ministradas em seu currículo.

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